
Uma pesquisa aponta que há maior dificuldade de aprendizado em pacientes com diabetes do tipo 2. O estudo foi realizado por um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e publicado na revista científica Diabetology & Metabolic SyndroME.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 16 milhões de brasileiros adultos têm diabetes tipo 2 (DM2), conhecida como diabetes mellitus, que se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) informa que cerca de 90% dos pacientes apresentam o tipo 2 da doença.
Este tipo de diabetes se desenvolve quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não gera o hormônio de forma suficiente para controlar a taxa de glicemia. A partir da enfermidade ocorrem complicações em potencial, incluindo o declínio cognitivo.
A avaliação desse problema levou os pesquisadores da PUCPR a estudar 250 pessoas adultas com diabetes tipo 2, pacientes de hospital universitário. A pesquisa foi feita entre 2018 e 2021 e sofreu atraso em função da pandemia da covid-19. Durante consultas de rotina e acompanhamento, os pacientes foram submetidos a exame físicos, com mini exames e triagem de sintomas depressivos.
Médicos e estudantes de Medicina que participaram da pesquisa concluíram que os pacientes mais suscetíveis são pessoas acima de 65 anos de idade, com mais de 10 anos de diabetes e que já possuem doença cardiovascular. Além disso, pacientes com sintomas de depressão também são mais suscetíveis. Alguns fatores de risco estão relacionados a hábitos, como tabagismo e sedentarismo, cujo controle poderia minimizar o impacto da doença na cognição.
Texto: Victor Ferreira