
O Relatório Living Planet, publicado pela organização não governamental ambientalista WWF (World Wildlife Fund) revela que quase 70% da população de espécies selvagens foi reduzida por causas humanas, nas últimas cinco décadas.
A avaliação mais recente sobre a população de espécies selvagens está descrita no Relatório Planeta Vivo 2022, que analisa as tendências da biodiversidade global e da saúde do planeta. O documento alerta para um declínio médio de 69% nas populações de diferentes espécies desde 1970.
Todos os 89 autores do relatório reforçam a necessidade de alinhamento dos líderes mundiais para criar um acordo ambicioso na Cúpula da Biodiversidade, a ser realizada em dezembro deste ano, no Canadá. Eles afirmam que um dos tópicos prioritários da agenda será a emissão de carbono para limitar o aquecimento global abaixo de 1,5°C nesta década.
De acordo com o levantamento, o uso da terra continua a ser o fator com maior impacto na perda de biodiversidade em todo o planeta. A perda de vida no planeta, impulsionada pela mão humana, é interpretada por muitos cientistas como uma das mais grandiosas extinções em massa desde a época dos dinossauros.
As espécies de animais selvagens mais afetadas vivem no centro e no sul do Continente Americano. O Continente Africano apresenta a segunda maior queda, de 66%, seguido pela Ásia e do Pacífico, com 55%, e da América do Norte, com 20%.
Texto: Victor Ferreira