Ensino a distância teve aumento de matrículas no período de pandemia
Dados do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2022, levantados pelo Instituto Semesp, apontam que o número de matrículas no ensino superior por ensino a distância (EAD) aumentou 7,7 pontos percentuais de 2019 para 2020 e saltou de 19,1% para 26,8%. Com queda de 3,8% em 2019, as matrículas para cursos presenciais diminuíram 5,6 pontos percentuais, chegando à queda de 9,4% em 2020.
A pesquisa leva em consideração as matrículas realizadas nas instituições privadas e públicas do Brasil. O percentual de 64,2% das matrículas no ensino superior é referente a cursos presenciais, e apresenta uma queda de 7,3 pontos percentuais de 2019 para 2020. Segundo o Semesp, este foi um dos principais impactos sofridos no setor educacional durante o primeiro ano da pandemia de covid-19.
De acordo com a instituição, foi a primeira vez em que o número total de ingressantes no EAD (2 milhões) ultrapassou o presencial (1,75 milhão), em toda a história da coleta de dados do Censo do Ensino Superior. Ainda em relação ao impacto da pandemia no setor, 92% das instituições de ensino superior suspenderam as aulas presenciais em 2020, e 77% destas não retomaram as atividades presenciais naquele ano.
A evasão no ensino superior aumentou 4,2% de 2019 para 2020. O índice foi maior na rede pública (12,2%) do que na rede privada (2,8%). A taxa de escolarização líquida do país, que mede o total de jovens de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior em relação ao total da população da mesma faixa etária, é de apenas 17,8%.
Texto: Victor Ferreira
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